Por Rafaella Feliciano
Para fechar o segundo dia do XII Encontro Nacional da Mulher Contabilista, que acontece em Porto de Galinhas (12), o público foi presenteado com o painel “Compliance e Governança”, que trouxe duas grandes especialistas na área: Mônica Foerster, contadora, auditora independente e presidente do Small and Medium Practices Committee (SMPC), da International Federation of Accountants (Ifac); e Mary Albe, advogada e especialista em Direito Tributário e Direito Público.
Mônica Foerster explicou que o compliance trouxe grandes transformações e novos mercados para a área contábil. Segundo ela, o perfil do profissional mudou e é preciso acompanhar as inovações para ratificar a importância do contador para o desenvolvimento sustentável do País.
“Precisamos focar em nossa atuação como parceiros estratégicos e não apenas como guardiões das finanças. Temos que andar lado a lado com todas as frentes, como a operacional e a comercial. É imprescindível uma visão holística e integrada para identificarmos o que existe além da escrituração”, salientou.
Segundo ela, além das mudanças no próprio perfil profissional, o contador também ganhou novas áreas de atuação, como o compliance empresarial, trabalhista, tributário e fiscal.
Com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas, além de ser contadora pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mônica Foerster é auditora independente e possui quase 30 anos de experiência na área. Atualmente, é coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP), mantido pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).
Mary Albe explicou que o Brasil já possui legislações que abordam a regulamentação dos programas de Compliance, como a lei anticorrupção n.º 12.846/2013, e que a medida é um “braço importante” da governança. Segundo ela, oferecer compliance como um produto é a nova tendência no mundo corporativo e os profissionais da contabilidade são estratégicos para a tomada de decisões assertivas, transparentes e fidedignas.
“A tecnologia substituirá tarefas mecânicas e padronizadas. Mas, em compensação, a Revolução 4.0 nos trouxe expansão de consciência e novos rumos, em todas as profissões, serão trilhados”, concluiu. O XII Encontro termina amanhã. Para conferir a programação do último dia clique aqui.
SOBRE O ENMC
Em busca de espaço e de voz na classe contábil, o Conselho Federal de Contabilidade idealizou o Encontro Nacional da Mulher Contabilista. Do primeiro evento realizado no Rio de Janeiro (RJ) (1991), passando por Salvador (BA) (1992), Maceió (AL) (1999), Belo Horizonte (MG) (2003), Aracaju (SE) (2005), Florianópolis (SC) (2007), Vitória (ES) (2009), Caldas Novas (GO) (2011), Santos (SP) (2013), Foz do Iguaçu (PR) (2015) e Gramado (RS) (2017), a proposta sempre foi discutir temas da área contábil e de interesse geral, com destaque ao empoderamento feminino. A 12ª edição do Encontro , que traz o lema ‘’Empreendedorismo, Inovação e Sensibilidade: conduzindo revoluções’’, conta com uma variada programação técnica, atrações artísticas e talk show, e está sendo preparada para receber um público estimado em 1.200 pessoas, entre personalidades renomadas da área contábil, empresários, profissionais, estudantes, professores e autoridades governamentais. Na pauta, temas como tecnologia, compliance e governança serão destaques entre as discussões.
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade, em 12.09.2019