Por Fabrício Lourenço
Até onde vai a integridade do ser humano? Ou qual seria o perfil ético dos profissionais brasileiros? Essas e outras questões foram debatidas no Workshop sobre Compliance e Integridade, realizado nesta terça-feira (17), no auditório do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) em Brasília (DF), que contou com a presença de conselheiros e funcionários da entidade. O vice-presidente Administrativo do CFC, Sergio Faraco, representou o presidente Zulmir Ivânio Breda.
No CFC já está em andamento, desde 2007, um conjunto de atividades que contemplam, entre outras, o Plano de Integridade. “Todo esse trabalho começou com a certificação, em 2007, com a ISO 9001 e o redesenho dos nossos processos que evoluiu com a definição do planejamento estratégico, a implantação do código de conduta e de Governança”, explica a diretora do CFC, Elys Tevania.
A diretora fez um retrospecto do trabalho realizado na entidade. “Implantamos um banco de projetos e atividades do Sistema CFC/CRCs para alinhar os planos de trabalho e orçamentos utilizados em todos os Regionais”, ressalta Tevania. O Plano de Integridade do CFC, aprovado pela Resolução CFC n.º 1563, em março deste ano, segue a recomendação da Controladoria Geral da União (CGU) e define ações de promoção e fortalecimento das instâncias de integridade, por meio de mecanismos destinados à prevenção, à detecção, à punição e à remediação de fraudes e atos de corrupção.
Ao fazer uso da palavra, o vice-presidente Administrativo Sergio Faraco disse que naturalmente as coisas estão evoluindo e a tendência é que se procure por mais transparência. “Contadores, o compliance é o grande nicho de mercado para nós, que deveríamos ter adotado há muito tempo”, pontuou Faraco.
A procuradora do Distrito Federal (DF) e representante da Procuradoria Geral do DF na Estratégia de combate à corrupção e lavagem de dinheiro, Drª Izabela Frota apresentou sua palestra com foco na integridade. Segundo ela “Compliance e Integridade não são apenas a base. São uma oportunidade para toda organização que seja sustentável e bem-sucedida. O compliance é uma consequência no cumprimento de obrigações”, definiu.
Para ilustrar o assunto, a procuradora do DF apresentou vídeos e contextualizou o tema na história da humanidade. “Quando começamos a trabalhar com integridade, temos a pretensão de nos acharmos íntegros. E não é assim que acontece”.
O diretor das áreas de cultura ética e educação corporativa na ICTS Protiviti, Antonio Carlos Hencsey, falou sobre perfil ético dos profissionais brasileiros. Ele apresentou um panorama geral de um estudo que foi realizado pela ICTS. “Avaliamos como os profissionais tomam as suas decisões diante de dilemas éticos e quais são os níveis de flexibilidade moral que as pessoas usam para decidir entre fazer uma coisa certa ou algo errado”, disse o palestrante.
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Fonte: CFC, em 17.09.2019