Por Graziella Garnero Adas
Um dos aspectos mais importantes para o sucesso do desenvolvimento e da implementação de um programa de compliance é contar com o total apoio e entendimento das lideranças
A construção e a implementação de um programa de compliance não precisa ser um bicho de sete cabeças e deve ser uma meta para todos os tipos de empresas, das grandes, às pequenas. Isso porque, independentemente do porte da companhia, a perenidade dos negócios depende de uma atuação íntegra e de um programa de normas e regras internas bem estabelecido.
Nascida com o propósito de combater a corrupção, a lei anticorrupção brasileira (lei 12.846/13), está baseada na promoção de uma conduta íntegra, estabelecendo a necessidade de fazer o certo por convicção, com alinhamento entre caráter, honestidade, ética e moral. A lei aplica-se a todas as empresas, de qualquer porte e segmento de atuação. Nela, consta a necessidade de as empresas fazerem a gestão de sua cadeia de fornecedores sob o guarda-chuva do seu mecanismo de integridade. Um efeito cascata que, aos poucos, se capilariza no mundo corporativo e favorece a disseminação da cultura da ética e da integridade.
A normativa contribui, portanto, também para sensibilizar e promover a conexão individual e coletiva do público interno com as melhores práticas, e favorece mecanismos de controle social essenciais para a prevenção, identificação e resolução de desvios.
Um dos aspectos mais importantes para o sucesso do desenvolvimento e da implementação de um programa de compliance é contar com o total apoio e entendimento das lideranças. Sensibilizar os executivos para esse aspecto, promove um movimento interno muito positivo, gerando estímulo de mecanismos que garantem integridade nos processos, fomentando o desejo genuíno de utilização das melhores práticas.
Fonte: Migalhas, em 19.09.2019