Por Ana Paula Seixas
Nos últimos anos o Brasil sofreu com os escândalos de corrupção envolvendo o governo e empresas privadas. Matérias relacionadas a propina, caixa 2 e condutas inadequadas invadiram os noticiários deixando uma sensação de impotência e inconformismo nos brasileiros. Afinal, todo um sistema parecia corrompido. Só para se ter uma ideia, uma pesquisa divulgada pelo Datafolha, durante a corrida eleitoral de 2018, apontava que a corrupção era a terceira maior preocupação do brasileiro, empatando com o desemprego e ficando atrás apenas da violência e saúde.
Na contramão disso e como maneira de melhorar a imagem frente ao consumidor, diversas empresas têm apostado em políticas de compliance. Pautada pela transparência e ética – filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, disciplinam ou orientam o comportamento humano – essa prática nada mais é do que estar em conformidade com as leis, padrões morais e regulamentos internos e externos. É por meio dela que o agente econômico reforça o seu compromisso com os valores e objetivos da empresa e busca promover uma cultura corporativa de respeito às leis e regulamentos. Não por acaso, o termo compliance significa “estar em conformidade com”.
Fonte: Diário do Comércio, em 07.02.2020