13ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde contou com a presença da Abimo, Abraidi, Anahp, CBCTBMF, Ethos, Fehoesp, Ibross, Interfarma, OSB, SBMF, Sbot, SBCCV e UNIDAS
A 13ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde (IES), realizada de modo virtual, no dia 22 de abril, teve o objetivo principal de debater quais os maiores problemas da cadeia de Saúde, no tocante ética e transparência, com a pandemia da Covid-19 e como combatê-las. Participaram representantes de 13 associações.
Foram dadas as boas-vindas aos novos integrantes do Conselho Consultivo: a Interfarma, Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, e a SBMF, Associação Brasileira de Medicina Farmacêutica. “Somos uma instituição sem fins lucrativos e independente, temos diversos agentes da cadeia da saúde representado, não defendemos nenhum segmento e só temos um propósito: buscar estabelecer padrões mais éticos nas relações do setor”, lembrou o presidente do Conselho de Administração, Eduardo Winston Silva.
Os representantes do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS); Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) e Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP) relataram as principais dificuldades enfrentadas no dia a dia para aquisição de produtos médico-hospitalares, como preços abusivos, oferta de produtos sem qualidade e rigor técnico e quebras de contratos. E o Observatório Social do Brasil (OSB) revelou que uma das principais dificuldades é a transparência do detalhamento dos custos efetivos de produtos e equipamentos. “Nós no Instituto Ética Saúde formamos uma rede de organizações e pessoas que tem muita informação sobre produtos. Gostaria de oferecer para a OSB a assessoria técnica contínua do IES para ajudar a diminuir a nossa ausência de detalhado conhecimento sobre a Covid-19. Nós estamos empenhados, como vocês, em obter o melhor resultado”, afirmou o diretor técnico do Instituto, Sérgio Madeira.
O executivo de Relações Institucionais do IES, Carlos Eduardo Gouvêa, apresentou, na sequência, os principais itens do Plano de Ação do Instituto, que são:
• Reforçar a importância da Ética e Integridade nos negócios, mesmo em tempos de exceção, para garantir a sustentabilidade do Setor de Saúde;
• Enfatizar o papel do IES como guardião da ética e promotor de iniciativas de integridade dentre as empresas e, assim, consolidar o seu valor no segmento e na sociedade;
• Servir como portal de entrada para denúncias dos desvios de conduta para o devido encaminhamento às Autoridades, quando for o caso;
• Promover a discussão mais ampla sobre o tema, inclusive em outros ambientes fora do Setor de Saúde (outros segmentos, tanto nacional como internacionalmente), com parceiros.
Gouvêa destacou também as ações já realizadas, como o Manifesto em prol da Ética durante a Covid-19 e o levantamento de riscos especiais durante a crise; enumerou as ações em andamento: posicionamentos pontuais com base no levantamento de riscos e ações proativas, diante de notícias que mostram condutas indevidas, e o agendamento de webinars com Ministério da Saúde, Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União e Conselho Administrativo de Defesa Econômica; e anunciou o Pacto Emergencial de Integridade. “Será um documento assinado pelo Instituto Ética Saúde, Instituto Ethos e Transparência Internacional que poderá servir como referência em termos de compromissos para as empresas do setor”, explicou.
Por fim, Carlos Eduardo Gouvêa pediu o apoio de todos para que as denúncias de condutas indevidas neste momento de crise sejam registradas no Canal de Denúncias do IES, que disponibiliza um e-mail e o 0800 741 0015, e que os vídeos e artes da campanha Ética Não é Moda, Ética é Saúde! sejam compartilhadas em massa.
Fonte: IES, em 28.04.2020