Por Francisco Petros
Cuidar da governança como um bem de todos
A governança corporativa progride a cada dia no mundo, há pelo menos cinquenta anos. O "equilíbrio de poderes" entre a diretoria executiva, o conselho de administração e os acionistas já estava bem delineado nas normas que tratam do tema nas principais jurisdições do capitalismo central e periférico. Todavia, os checks & balances necessários ao pleno e adequado funcionamento da governança empresarial dependem, de facto, de normas ainda mais específicas e de "melhores práticas". Estas últimas são muito menos relevantes em função da sua positivação em contratos e estatutos sociais e, eventualmente, acordos de acionistas, e muito mais críticos em função da atuação do corpo gerencial (gerentes, diretores executivos) e conselhos com os comitês assessores. Com efeito, a prática é muito mais determinante do sucesso empresarial do que aquilo que está estabelecido formalmente.
Fonte: Migalhas, em 04.02.2021