Brasil figura entre quatro estudos publicados pela CGI sobre comprometimento das empresas com clima e sustentabilidade
A Climate Governance Initiative (CGI) publicou “Estudos de caso: o papel dos conselhos na condução da ação climática”, com conteúdos que mostram como a incorporação de abordagens financeiras sustentáveis pode conduzir e acelerar a transição corporativa líquida zero.
São conteúdos que destacam os compromissos climáticos e de sustentabilidade, estratégias e atividades das empresas British Land, Metro Pacific Investment Corporation, Natura &Co e Smurfit Kappa, que refletem:
- Abordagens e processos de governança aplicados, incluindo definição de objetivos, estratégias de investimento, integração de relatórios, remuneração executiva, compensações.
- As áreas de impacto que as organizações estão priorizando para cumprir seus compromissos.
- Como diferentes organizações, com diferentes cadeias de suprimentos, requisitos e bases de clientes, estão respondendo para enfrentar as mudanças climáticas.
- O papel vital que os conselhos desempenham em equilibrar o bom senso comercial com uma ação climática ambiciosa.
Natura, a maior B Corp do mundo
O estudo “Natura &Co: IP&L, carbono circular e uma abordagem triple bottom line” refere-se à Natura, companhia brasileira que opera em mais de 100 países, com marcas como Avon, Natura, The Body Shop e Aesop. A Natura é carbono neutro desde 2007. Para combater o desmatamento e estimular o papel do agricultor familiar na preservação do meio ambiente, a empresa desenvolveu seu primeiro projeto de compensação de carbono em sua cadeia produtiva, chamado Carbono Circular, que remunera as famílias de pequenos agricultores, não só pela compra de insumos e repartição de benefícios, mas também pelo serviço de conservação ambiental.
British Land: redução de carbono
“British Land: tornando a sustentabilidade central na tomada de decisões de negócios” é o estudo da British Land, uma empresa imobiliária FTSE100 que cria, possui e gerencia um portfólio diversificado de imóveis no Reino Unido. Em 2020, a empresa estabeleceu uma nova estratégia de sustentabilidade que se concentra em tornar seu portfólio líquido zero carbono até 2030, incluindo a meta de reduzir o carbono incorporado em desenvolvimentos para abaixo 500 kg de dióxido de carbono, equivalente (CO2e) por metro quadrado (m²), de uma referência da indústria de 1.000 kg de CO2e por m²; e colaborar para aumentar o valor social e o bem-estar nas comunidades onde opera.
MPIC, exposição aos impactos climáticos
Metro Pacific Investment Corporation (MPIC): uma abordagem holística para finanças, risco e sustentabilidade - O estudo é da MPIC, holding de investimentos sediada nas Filipinas com subsidiárias que fornecem água, saneamento, imóveis, saúde, metrô, logística e infraestrutura. Tendo em vista ser um país arquipélago, as Filipinas são sujeitas a uma média de 20 tufões por ano, o que torna sua população altamente exposta aos impactos das mudanças climáticas. Este contexto consolida o compromisso da empresa em incorporar as ações climáticas e de sustentabilidade no centro de suas operações.
Smurfit Kappa, zero líquido até 2050
O estudo “Smurfit Kappa: uma abordagem conjunta para a estratégia de clima e sustentabilidade”, refere-se a empresa FTSE100, com sede em Dublin, que opera em mais de 30 países. A líder global em embalagens está lidando com o aumento da demanda por seus produtos, ao mesmo tempo em que direciona os negócios para zero líquido, até 2050. A empresa FTSE 100 foi premiada com cinco estrelas pelo Support the Goals em reconhecimento ao seu apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. e foi a primeira em seu setor a estabelecer uma meta de carbono zero.
Fonte: IBGC, em 29.06.2023