Na classificação feita pela ONG Transparency International, em 2018, com base no Índice de Percepção de Corrupção, o Brasil ficou na 96ª posição em um ranking de 180 países. E a preocupação das instituições brasileiras com a implantação de ações que garantam o combate à corrupção é muito recente. A lei anticorrupção brasileira só entrou em vigor em 2014. E isso tem estimulado a adoção de cuidados mais criteriosos, como a implantação de programas de compliance.
No mercado das autogestões em saúde essa preocupação também é urgente. Exemplo disso é o que está acontecendo na Geap Saúde, plano que atende servidores públicos, seus familiares e agregados, em todo o País. A operadora já iniciou a implementação do seu próprio programa de compliance com a publicação de normas e resoluções – como é o caso da Resolução nº 353 de 22 de fevereiro de 2019 –, além de um processo criterioso de planejamento de ações estratégicas.
O primeiro passo para a implementação do um programa de compliance eficiente é uma séria avaliação de riscos. E esse processo foi iniciado na Geap, em 2018, com uma série de treinamentos, capacitações e seminários de Planejamento Estratégico. Tudo para garantir a elaboração de um programa que sintetize mais transparência, confiabilidade e sustentabilidade, com medidas extraordinárias de contenção de gastos administrativos e assistenciais.
Os programas de compliance devem ser personalizados para se adequar à realidade de cada instituição. E todo esse esforço das instituições tem como principal fim garantir credibilidade, especialmente em meio ao panorama empresarial público e privado brasileiro, marcado por polêmicas emblemáticas. Quem mais tem a ganhar com isso são os beneficiários que contrataram o plano.
“Além de ampliar a qualidade das decisões dentro da Operadora, a adoção do programa vai reforçar a credibilidade da Geap no mercado das autogestões em saúde. O ambiente favorável aos colaboradores garante comprometimento, que impactará em serviços de excelência para os nossos milhares de beneficiários”, afirmou o diretor-executivo da Geap, Renato Alves Cunha.
Para Renato Alves Cunha, o modelo de governança e gestão é uma ferramenta fundamental para o equilíbrio financeiro e a sustentabilidade da Autogestão. “Toda a diretoria já iniciou ações estratégicas. Entre elas, para aprimoramento dos procedimentos, está a criação imediata de um portal de compras e contratos”, destacou.
Código de Ética e Conduta
Outra ferramenta que garante a eficácia na implementação de um programa de compliance é a consolidação de uma cultura organizacional baseada em normas de ética e conduta. E isso se faz a partir do diálogo com cada funcionário para que todos acreditem e se comprometam com a ideia. Cada um precisa assumir o compromisso com a ética e combate à corrupção.
O Código de Ética e Conduta da Geap Saúde, por exemplo, adverte que a violação de qualquer disposição estará passível de aplicação de sanções específicas, correspondentes às infrações leve, grave e gravíssima.
O trabalho de fortalecimento da cultura interna também demanda um trabalho forte de Comunicação voltada para conscientização e compromisso com o projeto da organização. Na Geap, isso começou com uma campanha interna, chamada “Ética e Conduta em Dia”, com objetivo de reapresentar e relembrar valores, princípios éticos, direitos, deveres e orientações sobre o comportamento do funcionário em âmbito corporativo.
A adoção de programas de compliance e de uma cultura consolidada de combate à corrupção, com a adoção de prática efetivas e eficazes de controle ainda é uma realidade distante para a maioria das empresas brasileiras. Contudo, serão os resultados positivos colhidos com as essas iniciativas pioneiras que motivarão e estimularam a difusão da cultura do compliance no mercado brasileiro.
Website: http://www.geap.com.br
Fonte: DINO, em 14.0.2019.