Encontro terá início nesta quarta-feira (20) e contará com a presença da procuradora-geral da República, Raquel Dodge
Representantes de 19 países se reúnem, a partir desta quarta-feira (20), em Brasília, para o 2º Encontro da Rede Ibero-Americana de Procuradores Contra a Corrupção. O objetivo do encontro é definir estratégias conjuntas de combate à corrupção nos países que integram o grupo, além de fomentar a troca de experiências e o fortalecimento da cooperação jurídica. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fará a abertura do evento, juntamente com o chefe da Cooperação Internacional da União Europeia, Thierry Dudermiel, a secretária de Cooperação Internacional do MPF, Cristina Romanó, e o representante da presidência da Associação Ibero-americana de Ministérios Públicos (Aiamp).
A imprensa poderá acompanhar a abertura do evento, que será a partir das 10h30, no espaço multiúso da Procuradoria-Geral da República, bem como a primeira palestra. No painel, o representante da Direção Antimáfia de Palermo, na Itália, Massimo Russo, e a procuradora regional da República, Samantha Chantal Dobrowolski – que é o ponto focal do Brasil na rede – falarão sobre o uso da colaboração premiada e dos acordos de leniência no combate à corrupção.
Durante o encontro, que vai até sexta-feira (22), os participantes vão definir o estatuto e o plano de trabalho da rede, além de debater temas como cooperação jurídica, criação de equipes conjuntas de investigação, repatriação de ativos, corrupção e gênero, entre outros temas. Na primeira reunião do grupo, realizada em agosto, os integrantes se comprometeram a estabelecer mecanismos de simplificação e de compartilhamento de informações para reprimir os crimes do colarinho branco.
A rede – A Rede Ibero-Americana de Procuradores Contra a Corrupção foi criada em novembro de 2017, durante a 25ª Assembleia Geral Ordinária da Aiamp, realizada em Buenos Aires. O MPF brasileiro é o coordenador da rede, que surgiu em função da necessidade das investigações do caso Odebrecht. Um dos objetivos da rede é facilitar a troca de informações de inteligência, desde que não haja impedimento legal.
A rede anticorrupção é um braço da Aiamp – organização sem fins lucrativos integrada por Ministérios Públicos dos países ibero-americanos – e conta com o apoio do Programa da União Europeia para a Coesão Social na América Latina (Eurosocial+). O objetivo da associação é estreitar vínculos e estabelecer estratégias para enfrentar o crime organizado e proteger vítimas e testemunhas. Integram a Aiamp: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana e Uruguai.
Fonte: Procuradoria-Geral da República, em 19.03.2019.