O desempenho tão ruim do país reflete os retrocessos em série que o arcabouço legal e institucional anticorrupção sofreu no país no último ano, tais como uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) que praticamente paralisou, durante metade do ano, o sistema de combate à lavagem de dinheiro do Brasil.
Viu-se ainda um aumento das tentativas de interferência política do Palácio do Planalto nos órgãos de controle, com substituições polêmicas na Polícia Federal e Receita Federal e nomeação de um Procurador-Geral da República fora da lista tríplice. No Congresso Nacional, foram aprovadas leis na contramão do combate à corrupção, como, por exemplo, a que criou mecanismos que enfraqueceram ainda mais a transparência de partidos e o controle do gasto público em campanhas eleitorais.
Reações da sociedade e das instituições brasileiras conseguiram barrar alguns retrocessos significativos e garantir alguns avanços. No entanto, o país atravessou 2019 sem conseguir aprovar reformas que atacassem de fato as raízes do problema.
No site especial do IPC 2019 é possível conferir uma análise preparada especialmente para o Brasil, apontando os retrocessos e indicando recomendações importantes para virarmos esse jogo.
Uma dessas recomendações, inclusive, é a aprovação das nossas Novas Medidas contra a Corrupção. O pacote, desenvolvido pela sociedade e defendido por nós, da Unidos Contra a Corrupção, apresenta medidas para atacar as estruturas que permitem que a corrupção continue se proliferando pelo Brasil. |
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