Por Arthur Holanda e Aresk Melo
É extremamente urgente que os setores que tratam dados sensíveis no dia a dia do seu core business – como escolas, operadoras de telefonia, bancos e, sobretudo, hospitais e clínicas médicas – estejam em condições de fornecer condições mínimas de segurança para as informações fornecidas por clientes e usuários.
Um conhecido ditado usado para descrever a era digital diz que “dados são o novo petróleo”. Essa afirmação é particularmente sensível para o setor da saúde, já que hospitais, clínicas, centros de diagnóstico e outros serviços do tipo possuem um conjunto valioso de informações colhidas junto aos pacientes, indo de idade e peso até exames de sangue, histórico de doenças e herança genética. Hoje em dia, é praticamente impossível para uma unidade de saúde funcionar sem sua base de dados. Não à toa, ataques cibernéticos a sistemas de instituições de saúde têm se tornado cada vez mais comuns.
Um exemplo emblemático ocorreu em 2018, quando o maior grupo do setor em Singapura, o SingHealth, sofreu um imenso vazamento de informações pessoais de 1,5 milhão de pacientes, incluindo o primeiro-ministro do país. Em junho do ano anterior, o sistema do Hospital de Câncer de Barretos, em São Paulo, também foi atingido. Cerca de 3 mil atendimentos precisaram ser cancelados depois que um vírus infectou os computadores da unidade e embaralhou os dados. Criminosos exigiram um resgate de US$ 300 por máquina, o que geraria um custo de mais de R$ 1 milhão.
Fonte: Migalhas, em 04.02.2020