Por Brunno Cruz
"Desafiador como poucos já vistos, o ano de 2020 é a prova de que os esforços para disseminação de valores trazem resultados palpáveis à organização. A construção de uma cultura de integridade dá origem a um time coeso, que age e caminha na mesma direção, valoriza a honestidade nos relacionamentos, rechaça a corrupção e acredita nos benefícios da ajuda mútua."
Em tempos de crise, o comportamento ético de todos e de cada um é posto à prova diariamente, em questões mais ou menos complexas. A simples decisão de nos isolarmos ou não, ainda que não nos afete pessoalmente, poderá ter graves impactos em pessoas que nem sequer conhecemos. Para aqueles que não são do grupo de risco no cenário da pandemia, é correto sair de casa apenas por não sê-lo? Ser ético muitas vezes significa abandonar desejos individuais e adotar comportamentos coletivos.
As organizações, empresas, entidades, governos e afins também lidam com dilemas éticos no seu dia a dia e mais ainda em momentos de crise, para os quais muitas vezes a solução não se restringe a “se puder, fique em casa!” – recomendação simples que, ainda assim, tem trazido enormes desafios e consequências às autoridades no combate à Covid-19.
Sabidamente, as discussões sobre ética são um terreno fértil para opiniões míopes que justificam iniciativas escusas, sobretudo quando um indivíduo ou um grupo usa de leis próprias para sobrepujar uma verdade, norma ou senso coletivos. Contudo, a ética não nasceu ontem, já foi debatida e sistematizada pelos gregos há milênios como forma de regulamentar a vida em sociedade. E se há um momento oportuno para comprovar nosso compromisso com a mesma é justamente em épocas turbulentas, quando crescem as tensões entre os interesses particulares e o bem coletivo.
Fonte: Focus.Jor, em 26.05.2020