Por André de Campos Chinez e Rafaella Rodrigues da Cunha
A sustentabilidade como um caminho para o desenvolvimento econômico, não um obstáculo
Em um célebre artigo publicado no New York Times intitulado "A responsabilidade social das empresas é aumentar lucros", Milton Friedman argumentou que o dever social de uma empresa é o lucro[1]. Crítico da chamada responsabilidade social das empresas, o economista defendia que os administradores das companhias, cumprindo seu dever para com os acionistas, devem buscar o retorno financeiro, utilizando os recursos disponíveis exclusivamente para o propósito de maximizar os lucros da companhia.
O artigo de Friedman, publicado há cinquenta anos, influenciou decisivamente o debate. Desde então, o mundo e o mercado mudaram, organizações internacionais passaram a exercer maior pressão sobre as companhias para que se responsabilizem sobre as externalidades negativas de suas atividades. Nesse contexto, surgiram os princípios de Environmental, Social and Corporate Governance ("ESG"), que orientam a governança corporativa também para proteger o meio ambiente e os demais stakeholders de uma empresa.
Fonte: Migalhas, em 10.11.2020