Por Tatiana Porto
O home office não é um conceito novo para empresas e colaboradores e, apesar de pouco popular no Brasil, se tornou imprescindível para manter as companhias funcionando no último ano. Essa mudança, causada pela pandemia da covid-19, criou uma ideia para o futuro do trabalho, a Remotopia. Nela, uma pessoa pode trabalhar em qualquer lugar, seja a casa de praia, seja no campo, seja um hotel nas montanhas, e não apenas em casa.
Mas, para entender a Remotopia, é preciso desconstruir a percepção de que o trabalho só pode ser realizado dentro de um escritório, em um cubículo, ou dividindo uma mesa com outras pessoas. O importante é ter todos os equipamentos necessários, para manter a qualidade do que é entregue, e o bem-estar do colaborador.
Um estudo recente, realizado pelo Centro do Futuro do Trabalho da Cognizant, sugere que as pessoas se sentem mais felizes e, segundo a Universidade de Stanford, elas se tornam 13% mais produtivas quando trabalham em casa. Portanto, as empresas que ficarem para trás nas políticas de trabalho em casa e nas estruturas de apoio correm o risco de perder a corrida para aquisição de talentos no futuro do trabalho, especialmente durante a pandemia. O mesmo estudo mostra que, antes da pandemia, apenas uma pequena minoria de funcionários optava pelo trabalho remoto regularmente. Em 2020, no final do primeiro trimestre, esse número já havia subido para mais de 60%. E a maioria dos empregadores afirma que pelo menos parte de sua força de trabalho manterá esse status.
Fonte: O Estado de São Paulo, em 30.05.2021