O São Paulo prepara um código de conduta e ética para ser seguido por seus funcionários, incluindo jogadores e comissão técnica. A ideia é apresentar a eles o documento em janeiro de 2019.
O objetivo principal é deixar clara para quem trabalha no clube a identidade e os valores da agremiação e como agir de acordo com esses ideais.
Um tema atual que será abordado pelo código é o comportamento em relação a manifestações políticas. Desde a última campanha para a presidência do Brasil, elas têm sido comuns entre jogadores que apoiam o presidente eleito Jair Bolsonaro.
No último domingo, Diego Souza comemorou seu gol contra o Flamengo homenageando o capitão. Parte da torcida criticou o atleta alegando que com o uniforme do clube ele não poderia se manifestar já que correria o risco de passar uma imagem diferente dos valores defendidos pela instituição.
O texto do novo código ainda não está fechado. Ele não deve se aprofundar em relação ao comportamento político dos funcionários já que não é considerado um tema central por seus idealizadores.
A tendência é de que a questão receba tratamento parecido ao dado no estatuto tricolor. O conjunto de regras do clube diz que é vedado aos associados promover manifestações de caráter político estranho ao São Paulo ou atos discriminatórios nas dependências do clube.
Para ser coerente com o estatuto, o código deve orientar jogadores e demais colaboradores a evitarem atos políticos como o feito por Diego Souza.
Uma comissão que tem a participação de Raí, diretor executivo de futebol, cuida do documento há cerca de três meses. Ou seja, a criação do código não foi motivada pela celebração de Diego Souza.
O documento também não é tratado como uma cartilha de comportamento. Na visão da diretoria se trata de peça fundamental para uma boa gestão e eficiente política administrativa.
Trabalhar a identidade do São Paulo para dentro e fora da instituição mostrando o que norteia suas decisões e o diferencia de outras agremiações é um dos principais conceitos da iniciativa.
O código também abordará governança corporativa, relação de funcionários, como jogadores, com associados, torcedores, fornecedores, imprensa, poder público, entidades esportivas e entre os colaboradores.
Entre outros assuntos, ainda cuidará de conflitos de interesse, assédio moral, violência psicológica, respeito à diversidade e definirá diretrizes sobre como agir em casos de desvio de conduta.
Fonte: SPFC, em 06.11.2018.