O Brasil corre sério risco de em fevereiro ser o primeiro país a ser suspenso do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) e sofrer outras punições caso o Congresso não aprove ainda este ano o projeto de lei (PL) 10.431/2018, que alinha a legislação brasileira de combate ao terrorismo e à lavagem de dinheiro às recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU), acelerando, por exemplo, o processo de bloqueio de bens.
O Valor apurou que o tema é alvo de grande preocupação na área econômica, em especial pelo atual comando do Banco Central, presidido por Ilan Goldfajn, e também pelo indicado para ser o seu sucessor, Roberto Campos Neto. O temor é sobre os possíveis desdobramentos econômicos negativos da retirada do Brasil desse grupo. A leitura é que há risco não desprezível de saída de capitais e restrição a ingressos de novos investimentos. Esse cenário já provoca também inquietação em parte do sistema financeiro nacional.
Fonte: Valor, em 03.12.2018.