Ministro fez parte de comitiva do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial
Nos três dias de participação em painéis e reuniões do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, destacou a importância do combate à corrupção e ao crime organizado para o desenvolvimento do ambiente de negócios e para a recuperação da confiança do povo em seu país. Descreveu avanços alcançados, ressaltou a necessidade de políticas públicas neste setor e defendeu uma cooperação mais ágil entre os países, por meio de plataformas eletrônicas.
O ministro fez parte da delegação do presidente da República, Jair Bolsonaro, que esteve em Davos entre 22 e 24 de janeiro. A delegação foi composta, também, pelos ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Eleno e da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebbiano.
Como debatedor, Sergio Moro participou dos painéis: “Restaurando a confiança na Liderança”, “Encontro do PACI (Iniciativa de Parceria Contra a Corrupção do Fórum Econômico Mundial) e “No escuro: crime globalizado”. Também fez parte de um almoço de debate sobre o futuro do Brasil, com a participação de autoridades, lideranças e empresários estrangeiros, oportunidade em que o Presidente e os Ministros expuseram planos de trabalho do novo Governo.
No debate “Restaurando a confiança na Liderança”, o ministro afirmou que a corrupção deve ser analisada nos aspectos que vão além do crime econômico, pois atos corruptos prejudicam a confiança do povo em seu País. Relatou os avanços obtidos no combate a esse delito, nacionalmente e no âmbito da cooperação internacional, mas ressaltou a necessidade de o país desenvolver políticas públicas que fortaleçam o cenário alcançado e propiciem melhores condições de trabalho nessa seara. “Discurso anticorrupção deve ser acompanhado de ações contra corrupção”, afirmou, em Davos.
No encontro fechado do PACI (Partnering Against Corruption), entre representantes governamentais e empresários, Sergio Moro sustentou que corrupção também prejudica a competição justa entre as empresas e fez um apelo para que o setor privado se una para combater a corrupção no setor público, em especial as empresas que já são signatárias do PACI, para que assumam o compromisso de cooperar com as investigações. Nesse encontro também foram discutidos modelos de acordos de leniência.
Além de uma cooperação mais ágil entre os países, nas discussões do último dia do Fórum, no painel intitulado “No escuro: crime globalizado”, o ministro defendeu a necessidade de formação de Equipes Conjuntas de Investigação, previstas em acordos internacionais e regionais, para acelerar a luta contra a criminalidade internacional. Para o chefe da pasta de Justiça e Segurança Pública, são necessárias medidas como Grupos de Trabalho inter-institucionais, investigações efetivas, isolamento dos líderes das organizações criminosas, tecnologia investigativa e recursos financeiros e humanos.
Em Davos, o ministro da Justiça e Segurança Pública também teve reuniões bilaterais com Delia Ferreira, Presidente da Transparência Internacional; Joel Kaplan, Vice-Presidente para as Políticas Públicas Globais do Facebook; Roberto Azevedo, Diretor-Geral da Organização Mundial do Comércio; Jüngen Stock , Secretário-Geral da INTERPOL e Ramya Krishnaswamy, Chefe do PACI.
O Fórum Econômico Mundial de 2019
A encontro anual Fórum Econômico Mundial reúne líderes da sociedade global. Os chefes e membros de mais de 100 governos, altos executivos das principais empresas mundiais, líderes de organizações internacionais e organizações não-governamentais relevantes, líderes culturais e sociais se encontram, no início de cada ano, para definir prioridades e moldar agendas globais, setoriais e regionais.
O tema deste ano (Globalização 4.0: Moldando uma Arquitetura Global na Era da Quarta Revolução Industrial) teve por objeto a convocação e o engajamento da comunidade para a geração de reflexões e de tecnologias capazes de moldar uma nova estrutura para a cooperação global. A Reunião Anual do Fórum Econômico de 2019 contribuiu para o desenvolvimento de estratégicas da Globalização 4.0 e seu impacto futuro na cooperação internacional e na Quarta Revolução Industrial.
O que é a iniciativa PACI
Lançada em 2004, a PACI atua como a principal plataforma liderada por CEOs na arena global de combate à corrupção, com base nos pilares da cooperação público-privada, liderança responsável e avanços tecnológicos. Com aproximadamente 90 signatários de diferentes setores em todo o mundo, a PACI atua como a voz de negócios líder em anticorrupção e transparência.
Fonte: MJSP, em 25.01.2019.