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Marcos Assi

Professor e Comendador MSc. Marcos Assi é Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP.
Possui Certificação Internacional pelo ISACA – CRISC – Certified in Risk and Information Systems Control e Certificação pela Exin – ISFS – Information Security Foundation e autor de diversos livros. +

8 dicas de implementação de um programa de compliance

Muito se tem falado de compliance ou programa de integridade, e tem gente que diz não são as mesmas coisas, mas estão intrinsecamente ligadas, pois o programa de integridade está amparado na questão de que se uma empresa for flagrada cometendo ato de corrupção, e esta empresa tenha instituído o programa de integridade, portanto terá a sua penalidade atenuada pelos órgãos governamentais e a própria sociedade em sua avaliação, que a organização está comprometida com a ética, com a transparência e com a governança corporativa, e aquele ato de corrupção, será tratado como um fato isolado.

Em outra ponta o compliance pode parecer um tema bastante complexo, e podemos qui sem medo de afirmar que para que possamos instituir o tal programa de integridade na nossa organização, não precisamos de investimentos de grande monta, devemos é demonstrar para todas as partes interessadas o comprometimento da organização com a ética, com a transparência e com a boa pratica de governança, fazendo com que todos respeitem as normas e procedimentos da organização, simples não é? #SQN.

Por esse motivo apresentamos as nossas dicas para implementação de um verdadeiro programa de integridade alinhado a uma gestão de compliance mais efetiva, sugerimos que:

  1. Contrate somente pessoas honestas e com base nos valores fundamentais;
  2. Implemente normas e procedimentos e tenha a certeza que todos cumprem as regras;
  3. Para todas a dificuldades de não conformidade apresentem ao conselho de administração e/ou diretoria para a tomada de decisão de melhoria;
  4. Faça negócios dentro da legalidade e nunca tente pagar ou aceitar nada para propor facilidades;
  5. Nunca permita exceções operacionais para não correr o risco de compliance;
  6. Permita que as áreas de negócio possam consultar o departamento de compliance antes de realizar qualquer operação;
  7. Tenha somente profissionais na gestão, administração e conselho que demonstrem capacidade técnica e conhecimento em assuntos do negócio;
  8. Nunca permita possibilidade de lavagem de dinheiro e corrupção em seu negócio.

Pronto, estão aí minhas dicas para que possamos ter empresa melhores, gestores responsáveis e um futuro promissor, pois já venho alertando há muito tempo que a implementação de um departamento, de uma diretoria de compliance, controles internos e riscos e com avaliação periódica de uma auditoria interna, não basta devemos deixar bem claro que os administradores devem implementar isso, seguir e fazer seguirem, mas a vontade de fazer a coisa certa deve partir de quem toma a decisão e representa a empresa.

Nós não podemos ser responsabilizados pela falta de conduta, ética e pela ganância excessiva de alguns empresários e administradores, afinal existem muitos empresários honestos, mas por culpa dos não honestos, todos são jogados na vala comum de irresponsabilidade administrativa.

Portanto, não importa o tamanho da empresa, todas necessitam estar em conformidade, ter suas informações e controles internos, controles contábeis, as questões tributárias tratadas com responsabilidade e que estejam dentro das regras.

Poderíamos então avaliar riscos financeiros antes da ocorrência da perda, e parar de se lamentar por operações com falhas de conformidade, com falha de conduta, com a criação de dificuldades para obtenção de facilidades, entre outras coisas.

As questões de compliance não pode ser tratada com subjetividade e superficialidade, não basta implementar um programa de integridade, devemos ter evidências que está sendo seguido, lembrar que devemos utilizar metodologias simples e de fácil absorção, evitar palavras e documentos com termos rebuscado, devemos proporcionar uma educação em compliance, controles internos e riscos.

Cada vez que não educamos os nossos clientes internos, afastamos quem desconhece o assunto e complicamos a mente de quem precisa se responsabilizar, é bom lembrar que não somos responsáveis nem pelas transações comerciais e nem operacionais das empresas, somos uma área ou profissional de suporte da empresa, focando sempre para que as operações sejam feitas dentro das regras, e cada profissional na organização deve entender que é responsável pela decisão que toma.

* Marcos Assi é professor e consultor da MASSI Consultoria e Treinamento – Prêmio Alta Gestão 2017, Prêmio Anita Garibaldi 2014 e Prêmio Giuseppe Garibaldi 2016, Comendador Acadêmico pela Câmara Brasileira de Cultura, professor de MBA na FECAP, FIA, Saint Paul Escola de Negócios, Centro Paula Souza, UNIMAR, FADISMA, Trevisan entre outras; autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional”, “Gestão de Riscos com Controles Internos”, “Gestão de Compliance e seus desafios” , “Governança, riscos e Compliance – Mudando a conduta nos negócios” pela Saint Paul Editora e “Compliance – como implementar” pela Trevisan Editora.