Quando a alta administração acompanha e apoia a implementação de controles internos e compliance, fica muito mais produtivo o programa de integridade, Todo mundo apresenta soluções magicas para melhoria de processos e gestão de negócios, inventam certificações, inventam regrinhas que não se sustentam, inventam siglas que ninguém entende entre outras coisas, mas melhorar os processos não vejo tantas evidencias, mas …
Acredito que a solução mais pratica seria gerenciar as condutas e aprimorar as posturas, pois somente com mudanças na forma das pessoas agirem nos negócios, teríamos um mundo bem melhor, mas sempre tem alguém pagando uma taxa de agilização de serviços, uma taxa de aceite em concorrência de negócios, uma taxa de facilitação de processos, uma taxa de inibição de visão mais profunda de falhas e erros, uma taxa de comprometimento nas atividades fora do padrão, conseguiu identificar algumas delas? Propina, conluio, suborno, bola, seja qual for nome, está aí o problema.
Por que as fraudes contábeis acontecem? Acontecem por que um contador aceitou ou não foi devidamente competente na observação dos processos de negócio, pois se um contador, não assinar os balanços com números divergentes da realidade, nenhum outro profissional poderia certificar que a contabilidade daquela ou de qualquer outra empresa estariam em conformidade com as regras contábeis e tributárias, portanto não ocorreriam, mas como ser independente na empresa que lhe paga o salário? A questão não é ser independente, mas possuir ética, conduta e caráter.
Se todos nas organizações fossem engajados com a missão, objetivos e regras da empresa, muita coisa seria diferente, mas quando ocorrem os conflitos de agencia, onde os interesses pessoais sobrepõem o corporativo, não tem controles internos, compliance e riscos que dê jeito. Gostaria de evidenciar que estou generalizando, existem empresas com gestores e colaboradores engajados, nossa critica vai para aquelas que não estão próximas a atender as principais práticas de governança.
O desgaste é muito grande na implementação de uma gestão de compliance focada nas boas práticas de governança corporativa, afinal não basta ter um oficial de conformidade e um departamento para a execução da função, a empresa necessita fazer a sua parte junto a clientes, fornecedores, colaboradores e sua família, isso mesmo, como fazer algo errado de grandes proporções e olhar para esposa, filhos e pais? Pense nisso, se ainda possui o mínimo de conduta e caráter pessoal.
Como o título do artigo: conduta, ética, conformidade, riscos, controles internos e o que mais? Será que auditoria? Já existe há quanto tempo? E as falhas continuam acontecendo, seria por falta de supervisão ou falta de conduta nos negócios? Penalidade, punições, mudanças nas leis, será que precisamos mudar o que mais nas organizações? Cada conquista em meus clientes, com meus alunos e com meus amigos é um passo a mudança de gestão e na busca de um ambiente corporativo e governamental dentro das regras e com doses pesadas de honestidade e transparência. Este é meu sonho, e o seu qual é?
* Marcos Assi é professor e consultor da MASSI Consultoria e Treinamento – Prêmio Anita Garibaldi 2014 e Prêmio Giuseppe Garibaldi 2016, Comendador Acadêmico com a Cruz do Mérito Acadêmico da Câmara Brasileira de Cultura, professor de MBA na FECAP, FIA, Saint Paul Escola de Negócios, Centro Paula Souza, UNIMAR, FADISMA, Trevisan entre outras, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional”, “Gestão de Riscos com Controles Internos”, “Gestão de Compliance e seus desafios” e “Governança, riscos e compliance” pela Saint Paul Editora e “Compliance como implementar” pela Trevisan Editora.